O quanto prosseguir
Nessa carreira de modelos
Plásticos, enfumaçados e triviais?
Em linhas contorcidas
Com sujeitos mirabolantes
Aonde tudo parece ter necessidade de um sentido
Coisas espetaculares que repentinamente
Queimam nas mentes,
Vazam pelos olhos,
E que morrem atrás dos dentes!
Para que viver,
Quando nada tem o mínimo de ilusão?
O quanto respirar,
No momento obstino de parar a dor?
Da certeza,
Quem que você acha que estará ou chegará lá no amanhã?
Por essas e outras
Um novo dia repetitivo,
Torna-se assassino!
Por novas respirações,
Enfadadas de verdade insignificantes
Púrpura ou verde
O rosto queimará igual Amanhã
Se este chegar...
A mordida no calcanhar da vida
E magníficas peripécias circulando no fundo da mente...
Tudo no fundo
E tudo é tão banal
Que suas mãos e bocas fedem!
Tanto quanto seus olhos desmistificando de bobagens,
Amanhã você estará sorrindo de novo, não?
Então apenas questione o amanhecer
E veja que por baixo de qualquer abstinência
Existe um esquizofrênico
E pense, se este mesmo é você
Dane-se com o que quiser...
Porque a necessidade também pode ser a de morrer.
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